1 – O que é o CID G40?
O CID G40 corresponde à epilepsia, um distúrbio neurológico crônico caracterizado por crises epilépticas recorrentes, causadas por descargas elétricas anormais no cérebro. Essas crises podem variar de breves lapsos de consciência a convulsões generalizadas e comprometem significativamente a qualidade de vida se não forem tratadas.

2 – Subcategorias da CID G40
A CID G40 possui diversas subcategorias que especificam o tipo e a causa da epilepsia:
- G40.0 – Epilepsia e síndromes epilépticas idiopáticas, relacionadas à idade
- G40.1 – Epilepsia parcial idiopática
- G40.2 – Epilepsia parcial sintomática
- G40.3 – Epilepsia generalizada idiopática
- G40.4 – Outras epilepsias generalizadas
- G40.5 – Epilepsia especial (por exemplo, crises febris complexas)
- G40.6 – Crises epilépticas isoladas não classificadas
- G40.7 – Epilepsia sem especificação de tipo
- G40.8 – Outras epilepsias especificadas
- G40.9 – Epilepsia não especificada
3 – Localização na CID-10
O código G40 está no Capítulo VI – Doenças do sistema nervoso (G00–G99), dentro do grupo G40–G47: Transtornos episódicos e paroxísticos.
4 – Descrição clínica e características
A epilepsia é caracterizada por crises epilépticas recorrentes, que podem ser:
- Parciais (focais): afetam apenas uma região do cérebro, causando sintomas localizados, como movimentos involuntários de um membro.
- Generalizadas: envolvem todo o cérebro, podendo causar perda de consciência, convulsões e quedas súbitas.
Outros sintomas podem incluir:
- Sensações estranhas (aura) antes das crises
- Alterações comportamentais ou cognitivas
- Confusão ou cansaço após o episódio (período pós-ictal)
5 – Quando utilizar o CID G40?
O CID G40 deve ser usado em prontuários, laudos e atestados médicos quando houver diagnóstico confirmado de epilepsia, especificando a subcategoria de acordo com o tipo de crise e sua origem.

6 – Diagnóstico e avaliação
O diagnóstico é clínico e complementar, incluindo:
- Histórico detalhado das crises e exames neurológicos.
- Eletroencefalograma (EEG): para detectar atividade elétrica anormal no cérebro.
- Ressonância magnética ou tomografia: para identificar lesões ou anomalias estruturais.
- Exames laboratoriais para descartar causas metabólicas.
7 – Tratamento
O tratamento da epilepsia visa controlar as crises e melhorar a qualidade de vida:
- Medicamentos anticonvulsivantes: como carbamazepina, valproato e lamotrigina.
- Mudanças no estilo de vida: sono regular, evitar consumo excessivo de álcool e controle do estresse.
- Cirurgia ou estimulação do nervo vago: em casos de epilepsia refratária (quando medicamentos não controlam as crises).
- Acompanhamento neurológico contínuo para ajustes de dose e monitoramento.
8 – CID G40 dá direito a afastamento do trabalho?
Sim. Dependendo da frequência e gravidade das crises, a epilepsia pode justificar afastamento temporário ou até mesmo aposentadoria por invalidez, especialmente se as crises impossibilitarem atividades laborais seguras.
9 – Importância do CID G40 na prática clínica
O registro do CID G40 é essencial para:
- Documentar o diagnóstico e o tipo de epilepsia.
- Apoiar a prescrição e o fornecimento de medicamentos de alto custo.
- Garantir direitos trabalhistas e previdenciários.
- Facilitar o acompanhamento do paciente por diferentes profissionais de saúde.
10 – Concluindo
O CID G40 – Epilepsia abrange uma condição neurológica crônica que exige acompanhamento médico regular, tratamento medicamentoso e, em alguns casos, intervenção cirúrgica. O controle adequado das crises permite que a maioria dos pacientes leve uma vida ativa e produtiva, reforçando a importância do diagnóstico e tratamento precoces.