A CID H22 é o código da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) que se refere aos transtornos da íris e do corpo ciliar decorrentes de outras doenças já classificadas em diferentes categorias. Em outras palavras, trata-se de complicações oculares secundárias a enfermidades sistêmicas, como infecções, doenças autoimunes ou condições inflamatórias.

O que é a CID H22?
A CID H22 abrange as alterações que afetam a íris (a parte colorida do olho) e o corpo ciliar (estrutura responsável pela produção do humor aquoso e pelo controle do foco visual), quando essas alterações são consequência de outras doenças. Essas condições podem comprometer a visão e causar dor ocular, vermelhidão e sensibilidade à luz.
Por envolver tecidos importantes do segmento anterior do olho, os transtornos dessa categoria exigem diagnóstico e acompanhamento oftalmológico, principalmente para evitar complicações como glaucoma ou perda visual permanente.
Localização na CID-10
A CID H22 está localizada no Capítulo VII da Classificação Internacional de Doenças, que corresponde às Doenças do olho e anexos (H00–H59).
Exemplos de condições incluídas na CID H22
Os transtornos da íris e do corpo ciliar descritos sob o código H22 geralmente estão associados a:
- Uveítes secundárias (inflamação da úvea provocada por doenças infecciosas ou autoimunes);
- Iridociclites infecciosas, decorrentes de patologias como tuberculose, sífilis ou toxoplasmose;
- Inflamações autoimunes, como as relacionadas à artrite reumatoide juvenil ou espondilite anquilosante;
- Complicações oculares de doenças virais ou bacterianas sistêmicas;
- Reações oculares inflamatórias secundárias a doenças metabólicas ou endócrinas.

Causas
A CID H22 não tem uma causa única, já que depende da doença de base. As causas mais comuns envolvem:
- Infecções sistêmicas (bacterianas, virais ou parasitárias);
- Doenças autoimunes;
- Processos inflamatórios crônicos;
- Complicações pós-cirúrgicas;
- Reações a medicamentos.
Sintomas
Os sintomas variam conforme a gravidade e o tipo de inflamação, mas os mais comuns incluem:
- Dor ocular intensa;
- Vermelhidão nos olhos;
- Sensibilidade à luz (fotofobia);
- Visão turva;
- Lacrimejamento excessivo;
- Alterações no formato ou na coloração da íris.
Em casos graves, pode ocorrer elevação da pressão intraocular e comprometimento da visão.
Diagnóstico
O diagnóstico da CID H22 é realizado por um médico oftalmologista, por meio de:
- Exame clínico detalhado com lâmpada de fenda;
- Medição da pressão intraocular;
- Exames de imagem ocular, como tomografia de coerência óptica (OCT);
- Exames laboratoriais para identificar a doença sistêmica causadora da inflamação.
Tratamento
O tratamento depende da doença de base e da gravidade da inflamação ocular. As principais abordagens incluem:
- Corticosteroides tópicos ou sistêmicos, para reduzir a inflamação;
- Colírios midriáticos, que evitam a aderência da íris ao cristalino;
- Antibióticos ou antivirais, quando a causa é infecciosa;
- Controle rigoroso da doença de base, com acompanhamento médico multidisciplinar;
- Cirurgias oculares, em casos de complicações, como glaucoma secundário.
Complicações possíveis
Sem o tratamento adequado, os transtornos da íris e do corpo ciliar podem causar:
- Glaucoma secundário;
- Sinequias (aderências entre íris e lente);
- Catarata induzida por inflamação;
- Diminuição permanente da acuidade visual.
Prevenção
A prevenção envolve o controle das doenças sistêmicas que podem afetar os olhos e o acompanhamento oftalmológico periódico, especialmente em pacientes com histórico de infecções ou doenças autoimunes.
Medidas importantes incluem:
- Seguir corretamente o tratamento da doença de base;
- Evitar automedicação ocular;
- Procurar atendimento médico ao primeiro sinal de inflamação nos olhos.
Concluindo
A CID H22 está relacionada a alterações inflamatórias da íris e do corpo ciliar que ocorrem como consequência de outras doenças. O diagnóstico precoce e o tratamento direcionado à causa primária são fundamentais para preservar a visão e evitar complicações graves.
Caso surjam sintomas como dor, vermelhidão ou visão turva, é essencial buscar avaliação de um oftalmologista para iniciar o tratamento adequado.









