1 – O que é o CID R50?
O CID R50 é o código da Classificação Internacional de Doenças (CID-10) que corresponde à febre de origem desconhecida. Esse termo é utilizado quando o paciente apresenta elevação persistente da temperatura corporal, mas ainda não foi identificada a causa específica. A febre pode estar associada a diversas condições, desde infecções até doenças autoimunes ou neoplasias, e é um sinal clínico que merece investigação.

2 – Subcategorias da CID R50
O CID R50 possui subcategorias que permitem especificar melhor o tipo de febre:
- R50.0 – Febre de origem desconhecida
- R50.1 – Febre persistente
- R50.2 – Febre de origem não especificada
- R50.9 – Febre, não especificada
Essas subdivisões auxiliam na documentação médica e na codificação precisa para registros e relatórios.
3 – Localização na CID-10
Na CID-10, o código R50 está localizado no Capítulo XVIII – Sintomas, sinais e achados anormais de exames clínicos e de laboratório, não classificados em outra parte.
Esse capítulo abrange sintomas e sinais que não têm, inicialmente, um diagnóstico fechado, servindo como registro clínico até que a causa seja confirmada.
4 – Descrição clínica e características
A febre de origem desconhecida caracteriza-se por temperatura corporal acima de 38°C, geralmente medida em mais de uma ocasião, que persiste por um período prolongado (comumente mais de três semanas) e cuja causa não foi esclarecida após exames iniciais.
Entre os sintomas que podem acompanhar a febre estão:
- Calafrios e sudorese
- Mal-estar geral
- Perda de apetite
- Fadiga
- Dor no corpo ou nas articulações
Por se tratar de um sinal inespecífico, é importante manter vigilância clínica e investigação direcionada.
5 – Quando utilizar a CID R50?
O CID R50 deve ser utilizado quando:
- Há registro de febre persistente sem causa aparente no momento da consulta
- O médico está aguardando resultados de exames para fechar diagnóstico
- É necessário documentar o sintoma principal antes da definição de uma doença específica
6 – Diagnóstico e avaliação
A avaliação de um paciente com febre de origem desconhecida deve incluir:
- Histórico clínico detalhado (viagens, contatos, doenças prévias, uso de medicamentos)
- Exame físico completo
- Exames laboratoriais (hemograma, marcadores inflamatórios, função hepática e renal)
- Exames de imagem (raio-X, ultrassonografia, tomografia, conforme suspeita clínica)
Em alguns casos, pode ser necessária investigação mais aprofundada, como biópsias ou exames sorológicos específicos.
7 – Tratamento
O tratamento da febre de origem desconhecida depende da causa identificada. Inicialmente, pode incluir:
- Controle sintomático com antitérmicos (como paracetamol ou dipirona)
- Hidratação adequada
- Repouso
- Em casos específicos, uso de antibióticos, antivirais ou anti-inflamatórios, conforme diagnóstico
É fundamental evitar automedicação, pois isso pode mascarar sintomas importantes para o diagnóstico.
8 – CID R50 dá direito a afastamento do trabalho?
A febre de origem desconhecida pode dar direito a afastamento caso o quadro comprometa a capacidade laboral ou esteja associado a doenças transmissíveis. O tempo de afastamento varia conforme a gravidade, a causa e a recomendação médica, sendo necessário atestado emitido por um profissional de saúde.
9 – Importância da CID R50 na prática clínica
O uso do código R50 é importante para:
- Documentar sintomas antes do diagnóstico final
- Facilitar a comunicação entre médicos e instituições
- Auxiliar na vigilância epidemiológica
- Garantir registro adequado para fins administrativos, de seguro ou previdenciários
10 – Concluindo
O CID R50 – Febre de origem desconhecida é um código essencial para registrar casos em que o paciente apresenta febre persistente sem causa definida. Sua correta utilização permite melhor acompanhamento clínico, organização dos dados de saúde e direcionamento de investigações diagnósticas. O manejo adequado, aliado a uma investigação minuciosa, é fundamental para identificar a causa subjacente e garantir o tratamento correto.