O Ministério da Saúde está intensificando as ações de divulgação e participação no Vigitel 2025, pesquisa telefônica nacional que coleta dados sobre os comportamentos e fatores de risco relacionados às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil. O levantamento, que começou em junho, é feito por meio de entrevistas telefônicas com adultos de todo o país e tem como objetivo orientar políticas públicas de prevenção e promoção da saúde.
A iniciativa faz parte do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), criado para acompanhar hábitos como alimentação, prática de atividade física, tabagismo, consumo de álcool e acesso a serviços de saúde. Em 2025, o Ministério da Saúde planeja realizar, com a pesquisa telefônica, 65.680 entrevistas, envolvendo tanto telefones fixos quanto celulares, em capitais e cidades do interior de todos os estados brasileiros.

Entrevistas seguras e confidenciais
De acordo com o Ministério, a entrevista para a pesquisa telefônica tem duração média de 12 minutos e deve ser respondida por uma pessoa maior de 18 anos. Nos casos de ligações para telefones fixos, é feito inicialmente um levantamento de sexo e idade de todos os moradores, e um deles é sorteado aleatoriamente para participar.
As ligações são realizadas por profissionais treinados da empresa Expertise – Inteligência e Pesquisa de Mercado, contratada pela pasta. O órgão ressalta que todas as chamadas são oficiais, seguras e identificadas como provenientes do Ministério da Saúde.
A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, reforça a importância da participação e alerta a população sobre a confiabilidade da pesquisa:
“Não se trata de trote nem de telemarketing. As respostas são fundamentais para embasar políticas, ações e programas voltados à redução da incidência e da gravidade das doenças crônicas”, afirma.
Durante as entrevistas, não são solicitados dados pessoais sensíveis, como CPF, número de conta bancária ou endereço completo. As únicas informações individuais coletadas se referem a idade, sexo, escolaridade, estado civil e raça/cor da pele — sempre com a garantia de sigilo. Os dados são utilizados apenas de forma agregada e estatística, sem identificação dos participantes.

Desafios regionais e importância da colaboração
Apesar da abrangência nacional, o Ministério da Saúde enfrenta dificuldades para completar a amostra planejada, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde a adesão ainda é baixa. Entre os estados com maior dificuldade estão Acre, Amapá, Amazonas, Roraima, Tocantins, Alagoas, Maranhão, Sergipe e Ceará.
No caso das ligações para celulares, os desafios se concentram no Amapá, Roraima, Santa Catarina e Amazonas. Atualmente, cerca de 40% das entrevistas ainda não foram concluídas, o que levou o Ministério a reforçar os esforços de comunicação para ampliar a participação da população.
Segundo a pasta, o Vigitel 2025 permanecerá ativo até que a amostra completa seja alcançada, garantindo representatividade dos diferentes perfis populacionais e regiões do país.
A população pode confirmar a autenticidade das ligações e obter mais informações sobre o projeto pelo telefone 136, canal oficial de atendimento do Ministério da Saúde, ou pelo portal Vigitel disponível no site do órgão.
Dados que orientam políticas públicas e práticas clínicas
Desde sua criação, a pesquisa telefônica Vigitel tem se tornado uma das principais ferramentas de monitoramento dos hábitos de vida e condições de saúde da população brasileira, fornecendo informações essenciais para a formulação de políticas públicas e estratégias de prevenção.
Os resultados ajudam a compreender tendências epidemiológicas relacionadas a doenças como diabetes, hipertensão, obesidade, câncer e doenças respiratórias crônicas, além de monitorar indicadores de saúde mental e alimentação saudável.
Na prática, os dados também servem de referência para profissionais e gestores de saúde, permitindo o planejamento de ações locais, campanhas educativas e programas de promoção da saúde. Para clínicas e consultórios, compreender os comportamentos da população é essencial para melhorar o acolhimento e a orientação preventiva aos pacientes.
“O Vigitel é uma das bases mais importantes de dados de vigilância em saúde no país. Ele nos permite observar mudanças no comportamento da população e identificar fatores que estão aumentando o risco de doenças crônicas”, explica Simão.
Avanços e modernização da pesquisa telefônica
Com a edição de 2025, o Vigitel amplia sua abrangência para telefones celulares, uma medida que tem permitido alcançar grupos antes sub-representados nas edições anteriores, especialmente moradores de regiões com menor cobertura de telefonia fixa.
O uso combinado de fixo e móvel fortalece a representatividade dos dados e assegura que populações mais jovens e conectadas digitalmente também estejam contempladas na amostra.
Além disso, o Ministério da Saúde tem investido em tecnologias de análise e proteção de dados, garantindo que as informações coletadas sejam processadas de forma segura e utilizadas exclusivamente para fins de saúde pública.
Participar é contribuir com o futuro da saúde
O Ministério reforça que a colaboração da população é fundamental para o sucesso da pesquisa telefônica. Ao participar, cada pessoa contribui para a construção de um retrato fiel dos hábitos e condições de saúde dos brasileiros, ajudando a direcionar investimentos e políticas preventivas mais eficazes.
Em um cenário de crescimento das doenças crônicas não transmissíveis, compreender como a população vive, se alimenta e se cuida é o primeiro passo para fortalecer o sistema de saúde e promover qualidade de vida.
Para confirmar se uma ligação faz parte da pesquisa telefônica ou tirar dúvidas sobre o Vigitel 2025, basta entrar em contato com o Disque Saúde 136 ou acessar o site oficial do Ministério da Saúde.
Fonte: Ministério do Trabaho