
A transformação digital na área da saúde tem avançado de forma acelerada, e a teleconsulta se consolidou como uma ferramenta estratégica no atendimento médico. Especialmente após a pandemia da COVID-19, esse formato de atendimento remoto não só ganhou força, como se tornou essencial em muitos contextos clínicos.
Neste artigo, vamos explorar o que é a teleconsulta, como ela funciona, seus benefícios e desafios, além de orientações práticas para médicos, clínicas e outros profissionais de saúde que desejam adotar ou aperfeiçoar esse tipo de atendimento.
1 – O que é teleconsulta?
A teleconsulta é uma modalidade de telemedicina em que o paciente é atendido por um profissional de saúde à distância, utilizando recursos tecnológicos como vídeo, áudio e mensagens instantâneas. Ela pode ocorrer em tempo real (síncrona) ou de forma assíncrona, dependendo da especialidade e da necessidade do atendimento.
Segundo o CFM (Conselho Federal de Medicina), a teleconsulta é regulamentada e deve seguir critérios éticos e técnicos rigorosos para garantir a qualidade do atendimento e a segurança dos dados dos pacientes.
2 – Por que a teleconsulta ganhou destaque?
A pandemia de COVID-19 foi um divisor de águas na forma como os serviços de saúde são ofertados. A necessidade de distanciamento social acelerou a regulamentação da telemedicina no Brasil, tornando a teleconsulta uma solução viável e segura para manter a continuidade do cuidado médico, mesmo em tempos de crise.
Além disso, a crescente digitalização do setor de saúde e o aumento do acesso à internet por parte da população facilitaram a adesão tanto de pacientes quanto de profissionais.
3 – Benefícios da teleconsulta para médicos e clínicas

1. Aumento do alcance do atendimento
Com a teleconsulta, médicos podem atender pacientes que estão em outras cidades ou até estados diferentes, ampliando significativamente a área de atuação da clínica.
2. Otimização do tempo e da agenda
A teleconsulta reduz atrasos e faltas, facilita o encaixe de horários e permite atendimentos mais rápidos e organizados. Para o profissional de saúde, isso significa uma rotina mais eficiente.
3. Redução de custos operacionais
Menor demanda por espaço físico, menos insumos utilizados em consultório e economia com deslocamento fazem da teleconsulta uma alternativa financeiramente interessante para clínicas e consultórios.
4. Maior comodidade para o paciente
A facilidade de ser atendido sem sair de casa, especialmente para pacientes com mobilidade reduzida, moradores de regiões remotas ou com rotina agitada, representa uma grande vantagem.
5. Continuidade no cuidado
A teleconsulta facilita o acompanhamento contínuo de pacientes crônicos, permitindo ajustes de tratamento, revisão de exames e orientações sem a necessidade de visitas presenciais frequentes.

4 – Tipos de atendimentos indicados para teleconsulta
Embora a consulta presencial ainda seja necessária em muitos casos, especialmente para exames físicos, a teleconsulta é altamente eficaz para:
- Retornos de consulta
- Acompanhamento de doenças crônicas (como diabetes e hipertensão)
- Avaliação de sintomas leves
- Orientações pré e pós-operatórias
- Atendimentos em saúde mental
- Segunda opinião médica
- Triagem de casos
5 – Legislação e regulamentação no Brasil
O uso da teleconsulta no Brasil foi regulamentado pelo CFM por meio da Resolução nº 2.314/2022, que estabelece diretrizes para a prática ética da telemedicina. Entre os principais pontos estão:
- A obrigatoriedade do consentimento do paciente
- A necessidade de registro adequado em prontuário eletrônico
- A exigência de que o médico esteja devidamente inscrito no CRM
- A garantia do sigilo e da proteção de dados, conforme a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados)
Além disso, a prescrição de medicamentos e a emissão de atestados por teleconsulta são permitidas, desde que sejam realizadas por plataformas seguras e com certificação digital (ICP-Brasil).
6 – Como implementar a teleconsulta na sua clínica

1. Escolha uma plataforma segura
Utilize um sistema que ofereça ambiente criptografado, integração com prontuário eletrônico, suporte à emissão de receitas digitais e compatibilidade com dispositivos móveis. O QuarkClinic, por exemplo, oferece uma solução completa e integrada para o atendimento online.
2. Prepare a infraestrutura
Tenha uma boa conexão de internet, câmera de qualidade, microfone funcional e ambiente silencioso e bem iluminado para realizar os atendimentos. A qualidade técnica influencia diretamente na experiência do paciente.
3. Capacite a equipe
Treine recepcionistas, profissionais da saúde e técnicos para agendar e acompanhar as consultas online, oferecer suporte e lidar com possíveis imprevistos.
4. Eduque o paciente
Muitos pacientes ainda têm dúvidas sobre como funciona a teleconsulta. Envie instruções claras, tutoriais simples e esteja disponível para esclarecer dúvidas antes da consulta.
5. Estabeleça protocolos clínicos
Nem todo atendimento pode ser feito à distância. Estabeleça critérios claros sobre quando utilizar a teleconsulta, quando indicar o retorno presencial e como documentar cada atendimento de forma adequada.
7 – Dicas práticas para médicos durante a teleconsulta
- Seja pontual: inicie a chamada no horário agendado para demonstrar profissionalismo.
- Use linguagem clara: evite termos técnicos excessivos e assegure-se de que o paciente compreendeu as orientações.
- Mantenha contato visual: olhe para a câmera para transmitir atenção e empatia.
- Documente tudo: registre todas as informações no prontuário eletrônico, como faria em uma consulta presencial.
- Encaminhe materiais complementares: envie orientações, receitas e atestados digitalmente por meio da plataforma segura.
8 – Quais são os principais desafios da teleconsulta?

Apesar dos benefícios, existem alguns desafios que devem ser enfrentados:
1. Limitações clínicas
Nem todas as especialidades ou casos clínicos se adaptam à teleconsulta. A ausência de exame físico limita o diagnóstico em algumas situações.
2. Resistência de profissionais e pacientes
Alguns profissionais ainda têm receio de que o atendimento remoto comprometa a qualidade da consulta. Da mesma forma, pacientes mais idosos ou com pouca familiaridade tecnológica podem enfrentar dificuldades.
3. Conectividade e acesso
A instabilidade da internet ou a falta de dispositivos adequados ainda é uma barreira para parte da população.
4. Segurança de dados
Garantir a proteção das informações dos pacientes é essencial. O uso de plataformas não seguras pode colocar em risco dados sensíveis e comprometer a confidencialidade.
9 – Teleconsulta e o futuro da medicina
A teleconsulta não é uma moda passageira. Ela representa uma evolução no modelo de cuidado em saúde, alinhada com as necessidades contemporâneas de agilidade, eficiência e acessibilidade. Em um cenário em que o paciente se torna cada vez mais digital, oferecer esse serviço se torna um diferencial competitivo.
O futuro aponta para uma medicina híbrida, onde o atendimento presencial e remoto se complementam, oferecendo uma jornada mais fluida, inteligente e centrada no paciente.
10 – Como realizar uma teleconsulta eficiente?

1 – Utilize um software de teleconsulta robusto
O primeiro passo para você realizar um ótimo atendimento é utilizar um software de gestão de clínicas ou consultórios robusto que possua o recurso de teleconsulta, como a solução QuarkClinic.
O QuarkClinic possui teleconsultas com videoconferência ilimitada e integrada ao prontuário eletrônico do paciente. Além de dispensar a necessidade de instalar programas ou aplicativos, permitindo seu acesso direto através do navegador web.
Uma ferramenta como essa, proporciona mais facilidade e comodidade para sua clínica, profissionais de saúde e pacientes.
2 – Explique como funciona a telemedicina
Muitos pacientes desconhecem o uso da telemedicina, por isso é importante que o médico explique como funciona essa modalidade, as ferramentas que estão disponíveis e a sua capacidade profissional em realizar a teleconsulta.
É importante orientar o paciente para que ele esteja num ambiente apropriado e silencioso na hora da consulta e com equipamentos eletrônicos de comunicação como fone de ouvido, webcam, além de uma boa conexão de internet.
Toda essa preparação facilita a interação médico-paciente e contribui para uma teleconsulta de qualidade.
3 – Realize um atendimento humanizado
Na teleconsulta existe a falta da presença física, por isso no momento que o médico estiver realizando o atendimento, o foco deve ser o paciente.
Mesmo à distância, é possível estabelecer uma conexão pessoal com o paciente. Inicie a consulta com uma saudação amigável, faça perguntas sobre o bem-estar do paciente e demonstre interesse genuíno.
Esta abordagem contribui para criar um ambiente de confiança e conforto, essencial para uma consulta humanizada.
4 – Utilize recursos visuais
Durante uma teleconsulta, a falta de interação presencial pode ser compensada pelo uso efetivo de recursos visuais, pois assim o paciente ficará mais atento ao que é explicado pelo médico.
Ademais, compartilhar imagens, gráficos ou diagramas relevantes para explicar condições médicas facilita a compreensão do paciente e também enriquece a experiência da consulta, tornando-a mais dinâmica.
5 – Respeite a privacidade e confidencialidade
A segurança do paciente é prioritária em qualquer consulta médica, e isso se aplica ainda mais às teleconsultas. É muito importante certificar-se de que a plataforma utilizada para a atividade é segura e está de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
Além disso, adote práticas rigorosas de privacidade, evitando interrupções externas e garantindo que a consulta ocorra em um ambiente privado tanto para o médico quanto para o paciente.
6 – Faça o acompanhamento do paciente
Ao concluir a teleconsulta, é fundamental fornecer orientações claras sobre o plano de tratamento, orientar sobre prescrições de medicamentos e exames e os passos a serem seguidos pelo paciente.
É crucial colocar-se à disposição, oferecendo um canal aberto para o esclarecimento de dúvidas. O profissional deve acompanhar o paciente, buscando informações sobre o tratamento, exames realizados, e ficando atento a eventuais dúvidas ao longo do processo.
Concluindo
Para finalizar, a teleconsulta é uma ferramenta importante para medicina e seu uso está cada vez mais inserido na rotina de clínicas e consultórios, por isso é importante que os profissionais de saúde estejam em sintonia com essa tecnologia.
Saber como realizar uma teleconsulta eficiente é muito importante, principalmente, devido a falta de interação presencial entre médico e paciente. Neste momento, o médico precisa saber se portar de forma humanizada, ser o mais didático possível e respeitar a privacidade e confidencialidade do paciente.
Além disso, é importante utilizar um software de gestão de pessoas que possua um recurso robusto de teleconsulta e que proporcione agilidade e segurança.
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